ESTUDO A PARTIR DE FILME/DOCUMENTÁRIO SOBRE INCLUSÃO: "Hoje eu quero voltar sozinho" de Daniel Ribeiro

"Hoje eu quero voltar sozinho" de Daniel Ribeiro é um filme emocionante, sem dúvidas. O diretor, que ao estender o o curta, faz com que a história fique ainda mais interessante pelo fato de que nele há um menino gay/cego e ansioso pelo primeiro beijo que ainda não aconteceu.
A história narra a vida de Léo, que ao conhecer outro menino novato na escola se encanta no primeiro momento e ali começam uma relação um pouco mais significativa do que uma amizade.

Bom, Léo é cego e frequenta a escola. Muitos se perguntam como a relação dele com os demais não causa desconforto para o personagem, pelo fato de ser deficiente visual e pouco vemos questões envolvendo o bullying contra o menino.
Na verdade, essa era a ideia do diretor desde o princípio. Narrar a história de um garoto gay e cego, que está a procura de sua primeira relação, seja ela sexual ou "experimental", mas que roda em torno desses questionamentos em relação aos desejos carnais.
É por este motivo que o longa inicia com Léo já inserido na sociedade, pois para o diretor, não era interessante apertar na mesma tecla e falar de bullying - o que nunca é descartável, principalmente em um filme - mas que queria falar da vida de um menino com problemas outros para mostrar que há muito mais para se ver do que só a parte ruim da vida de quem já sente dores constantes.

O filme abre um leque de possibilidades de falas e o bullying é uma delas, pois hoje é possível ver relatos a todo momento de alunos e também professores, sendo atacados, humilhados e desrespeitados pelas escolas do nosso país.

Agora, para falar de inclusão, pois o filme também abre essa possibilidade, mas no Brasil ainda é uma pauta que é preciso estar atento.
A inclusão hoje não acontece de maneira sólida, o que é um descaso com quem tem necessidades especiais, a começar pelas pessoas deficientes visuais, cadeirantes, etc. É muito difícil achar uma escola que esteja preparada para receber esses alunos que sim, deveriam estar frequentando a escola de ensino normal e não serem obrigadas a procurarem outros meios para tal.
É obrigação do estado provir das necessidades básicas desses e de todos os alunos para que tenham uma educação digna e de qualidade.
Creio que o Brasil precisa aprender a gerir o que chamamos de educação hoje.
A escola pública sofre constantemente com sucateações e precariações e isso é preciso mudar para que possamos partir para outros assuntos que são de relevância igual.

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